DEFINIÇÃO
A osteonecrose do quadril ocorre devido a falta de vascularização de uma determinada área da cabeça femoral, acarretando em necrose ( morte ) das células desvascularizadas. Estas células mortas se tornam mais frágeis, entram em colapso e geram uma deformidade da cabeça femoral.
É uma patologia de caráter progressivo, que afeta pacientes principalmente entre a 3 - 5 década de vida, que se não tratada leva a deterioração completa da articulação do quadril.
Doença mais comum em brancos, homens e pode ser bilateral em cerca de 50% dos casos
A Osteonecrose pode ocorrer em 80 % das fraturas deslocadas do colo femoral,
O achado mais comum na osteonecrose é a diminuição ou obliteração da circulação sanguínea de uma área especifica do osso. Se a área for pequena e não adjacente a uma superfície articular, o infarto pode ser assintomático e ter pouca manifestação clinica.
CAUSAS
Vários são os fatores que podem comprometer a vascularização da cabeça femoral e assim causar a osteonecrose
1 - Fraturas desviadas do colo femoral
2 - Uso Abusivo de Álcool
3 - Uso de corticóides
4 - Lupus e outras doenças reumatológicas
5 - outras
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico precoce é fundamental por ser uma doença de caráter progressivo.
O primeiro diagnóstico é a dor no quadril, manifestada como uma dor na virilha. Outros achados como a dificuldade de andar e a limitação do arco de movimento da articulação também pode ser encontrada.
Exames como a radiografia do quadril e a ressonaância nuclear magnética podem confirmar o diagnóstico.
TRATAMENTO
O tratamento sempre é cirúrgico, porém varia muito de acordo com a fase da doença. Nas fases iniciais, quando não há uma deformidade grande da cabeça femoral e alteração degenerativa da articulação do quadril, esta pode ser mantida. Em casos avançados a artroplastia total do quadril ( prótese de quadril ) é a única medida terapêutica a ser usada.
A foragem ( descompressão central ) é um tratamento cirúrgico, que pode evitar a progressão da necrose da cabeça femoral. Esta técnica consiste em reduzir a pressão dentro da cabeça femoral e assim preservar a vascularização da mesma. Muitas vezes não conseguimos alcançar este objetivo com a foragem, porém é uma tentativa que sempre deve ser usada, caso seja possível.
Juntamente com a foragem, podemos acrescentar enxerto ósseo na área do defeito ósseo criado após a retirada do osso necrótico da cabeça femoral, para ajudar evitar o colapso e deformidade da mesma.
Qual a atividade física mais indicada para quem fez a cirurgia?
ResponderExcluir